Uma escola “fantasma” localizada na comunidade Cotovelo, Zona Rural do município de Paço do Lumiar, apesar de ter sido reformada há poucos anos e de estranhamente se encontrar inativa, dificultando o acesso a educação crianças e adolescentes, tem protagonizado verdadeiras aulas de sexo, conforme relatos de moradores da comunidade. A informação é do blog do jornalista Udes Filho.
De acordo com mães e pais de alunos que são obrigados a caminhar por mais de uma hora até chegar à escola ativa mais próxima [no Porto de Mocajituba] e depois o mesmo tempo de caminhada para retornar às suas residências, o prédio da Escola Tatiana Alves da Silva, localizado dentro da comunidade, não funciona para atender a necessidade de acesso a educação de crianças e adolescentes, mas, por outro lado, tem sido muito bem usado como motel público e esconderijo de marginais.
Na semana passada, a comunidade já havia procurado o editor deste blog para denunciar irregularidades no transporte escolar fornecido pela Prefeitura de Paço do Lumiar. Veja: Vídeo: Crianças caminham por uma hora e meia para chegar até escola em Paço do Lumiar.
O que diz a Prefeitura de Paço do Lumiar
Em nota encaminhada ao Blog do Udes Filho, através de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura de Paço do Lumiar afirmou que o prédio escolar existente na comunidade do Cotovelo foi reformado e desativado em gestões anteriores, porém, em avaliação da situação estrutural e do estado em que se encontra o local, foi constatado pela administração que não oferecia condições de uso. Ainda de acordo com a nota, a Prefeitura afirma que está realizando nova análise para emissão de laudo técnico, a fim de que se proceda com as intervenções necessárias de recuperação da escola.
O que dizem os pais de alunos
Para mães e pais de alunos da comunidade Cotovelo, tudo isso é apenas um reflexo dos descaso com o qual os gestores do município sempre trataram a região que é limítrofe com o município de Raposa.
“O Cotovelo fica muito distante da sede de Paço e mais próximo do município de Raposa, por este motivo os prefeitos e secretários sempre nos discriminaram […] Enquanto precisamos de uma escola dentro da comunidade, para não andarmos quilomentos com nossos filhos até Pedrinhas, o prédio da a Escola Tatiana Alves da Silva serve como motel, esconderijo de marginais e usuários de drogas”, disse Regina Santos da Silva.