O secretário municipal de Saúde de São Luís, Lula Fylho, defendeu, em manifestação ao blog Atual 7, seu direito a uma caminhada pela Litorânea.

O auxiliar do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) foi fotografado exercitando-se no local – e ele mesmo chegou a postar uma foto após concluir a atividade.

“A pergunta que fica no ar é: a pessoa que pode ir pro front. Dentro de hospital e que está trabalhando com várias pessoas da saúde não pode andar sozinho na Litorânea que está aberta? Não posso entrar na insanidade. Tenho que cuidar do pulmão e da mente. Luta grande e não vou me prender a essas críticas não. Eu acho justo sair. Sozinho, como fiz”, disse.

A atitude do secretário provocou polêmica nas redes, principalmente porque a gestão da qual ele faz parte tem feito campanha pelo isolamento social.

Há duas semanas, por exemplo, junto com o Governo do Estado, a Prefeitura de São Luís agiu pelo fechamento da mesma Avenida Litorânea, para evitar que teimosos seguissem utilizando a via (e seu entorno), para a prática de atividades físicas.

Sobre o argumento do secretário, sugerindo que tem direito a “espairecer” porque está no “front, dentro de hospital”, o Blog do Gilberto Léda pensa justamente o contrário: é exatamente por estar no front, mais exposto ao vírus, que Lula Fylho deveria ter ainda mais cuidado com possível contato com outras pessoas nas ruas. Na situação em que se encontra, o titular da Semus está muito mais suscetível a transmitir o vírus do que um cidadão comum.

E se o cidadão comum está sendo compelido a ficar em casa, ele também deveria dar exemplo.

Ou então, concordamos todos que é justo que ele saia. Mas da secretaria…