A ação civil pública com pedido de antecipação de tutela contra a Clínica Nossa Senhora do Rosário, conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS), ajuizada pela promotora de justiça Maria Cristina Murillo, reforça a tese do presidente da Câmara, vereador Agenor Brandão (PV), que instalou a CPI da Saúde para apurar inúmeras irregularidades no sistema.
Com efeito, a proprietária da Clínica Nossa Senhora do Rosário é a prefeita Irlahi Linhares (PMDB). Neste contexto, poderá haver ligações escusas entre a rede pública e privada de saúde, a ponto de merecer uma investigação mais apurada.
Os vereadores Sandro Marinho (PSD), Pedrosa Necó (PSB), Léo e Nazareno Barros (PTdoB) – que integram o colegiado embora tenham solicitado a exclusão de seus nomes da comissão – estão deixando o tempo passar e nenhuma ação foi desenvolvida no sentido de apurar as irregularidades.
Comenta-se nos bastidores da Câmara rosariense que caso o tempo expire sem que seja apresentado o relatório pela CPI, o chefe do legislativo poderá levar o caso para a Procuradoria Geral de Justiça e os vereadores – que fazem ou fizeram parte da comissão – poderão ser denunciados por crime de responsabilidade e até ficarem inelegíveis, uma vez que não cumpriram com o dever de ofício que era proceder à apuração e conclusão das denúncias.