‘Estadista’ Othelino passou a eleição negando, mas no final confirmou a posição dele que o blog já vinha afirmando

De quem é a culpa? Como chegaram até aqui? Como vão sair dessa situação? Estas são perguntas que têm sido feitas para explicar o ‘racha’ dentro da base do governador Flávio Dino (PCdoB) que culminou com a derrota de Duarte Júnior (Republicanos), candidato que estava sendo apoiado pelo chefe do executivo estadual no segundo turno em São Luís.

Pela manhã, ao anunciar pelo Twitter, uma “revisão de alianças” com vistas às eleições de 2022, Flávio Dino tentou atribuir o racha a uma profusão de candidatos que desejam sua cadeira no grupo governista.

Mas será se faz sentido? No meu ponto de vista, não! Se assim fosse, as cúpulas do PCdoB e PDT não seguiriam unidas para reforçar, por exemplo, a candidatura do deputado Marco Aurélio (PCdoB) à Prefeitura de Imperatriz, segunda cidade mais importante do estado.

Apesar da demonstração de força e da união, ambos fracassaram juntos nas urnas na Princesa do Tocantins. Em São Luís, entretanto, o resultado poderia ser diferente, mas o senador Wevertron achou que o candidato não merecia seu apoio, embora Duarte tenha se empenhado em 2018 para lhe eleger senador.

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Usar a desculpa de uma pré-candidatura a governador para não apoiar Duarte é ignorar também o próprio Flavio Dino como líder de um grupo que poderia decidir os rumos da sucessão.

Se esse fosse mesmo o argumento, qual seria o sentido de fortalecer o PCdoB em Imperatriz? A menos que Wevreton esteja jogando duplamente com o deputado Juscelino Filho, presidente do DEM no Maranhão, e tenha fortalecido mais a candidatura do prefeito reeleito Assis Ramos (DEM), em detrimento do projeto do próprio Marco Aurélio.

Lá e cá, PDT e PCdoB fizeram suas escolhas. E cada escolha traz consequências. No entanto, o tempo vai se encarregar de responder daqui há dois anos, algumas dessas perguntas sem respostas, quando iremos descobrir se o problema do ‘deserte-se’ estará no lugar ou nas escolhas erradas.

No meu ponto de vista, entretanto, é que a ‘canalhice’, ‘traição’, ‘safadeza’ e ‘inveja’, não tem hora e nem lugar, podendo acontecer em São Luís, Imperatriz ou até mesmo em Barreirinhas.