Decisão de Othelino Neto em trocar PCdoB pelo PDT pressiona Brandão a não se afastar

Com a decisão do governador Flávio Dino (PSB) em renunciar ao cargo para disputar uma vaga no Senado, algumas mudanças devem acontecer no Palácio dos Leões, a partir do próximo mês de abril. A primeira delas é que o vice, Carlos Brandão (PSDB), assume definitivamente o comando do Estado. Com isso, o cargo de vice-governador vai permanecer vago.

Por conta da vacância, em caso de ausência do governador, quem assume o Executivo interinamente é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto que anunciou, nesta segunda-feira, 7, que vai trocar o PCdoB pelo PDT, comandado no Maranhão pelo senador Weverton Rocha (PDT), adversário do tucano.

No Brasil, o cargo de vice-presidente, vice-governador ou vice-prefeito permanece vago até as próximas eleições quando o titular morre, renuncia, é afastado do cargo ou sucede o titular o Executivo, seja o presidente, governador ou prefeito. Normalmente, a eleição geral é realizada a cada quatro anos e os eleitores elegem o não só o chefe do Executivo, mas o seu vice.

Ou seja, com a posição de Othelino em apoiar Weverton aumenta também à pressão para Brandão não se afastar de sua função, nem mesmo para fazer uma campanha tranquila sem se preocupar com o número 1 da linha sucessória. O tucano poderá até ter maioria na Assembleia, mas vai enfrentar dificuldades para viajar e não pode, por exemplo, nem mesmo adoecer para não promover no cargo o aliado do adversário.

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