Roberto Rocha diz que “não há hipótese de dois candidatos governistas irem para o segundo turno. Isso só no reino da carochinha”

A pré-candidatura do senador Roberto Rocha (sem partido) ao Governo do Maranhão nas eleições de 2022 chamou a atenção do meio político após a divulgação das pesquisas mais recentes para o maior cargo do executivo estadual. Para ter êxito em seu projeto político, Roberto Rocha, oposição ao atual governo, que tem em sua base três pré-candidatos, articula uma composição com possíveis aliados que, assim como ele, apoiam o presidente Jair Bolsonaro, além de diálogo com outros segmentos.

Em entrevista a O Imparcial, Roberto Rocha avaliou o atual cenário político que está se formando; a busca do apoio do presidente Jair Bolsonaro para a sua pré-campanha; um possível projeto de oposição às outras pré-candidaturas, entre outros assuntos. Confira a entre vista na íntegra

O Imparcial – Nas últimas pesquisas divulgadas para o governo do Maranhão, o senhor aparece bem pontuado. Como o senhor avalia este cenário político que se desenha?

Avalio como bastante promissor para o campo da oposição. Observe bem o que se passa. Temos um Governo saindo que o que de melhor posso dizer dele é que foi um fracasso bem intencionado. E, pra melhorar, temos dois candidatos brigando por esse lega do mal sucedido. Ora, isso abre uma avenida para a oposição construir as condições de uma candidatura sólida. Da minha parte fico feliz que, sem ter dado um pio, sem estar percorrendo o Maranhão, sem ter manifestado intenção de ser candidato a governador ou a senador, ainda apareço com pontuação robusta. E, soma dos os votos da oposição, eles são mais que suficientes para me posicionar dentre as forças para disputar qual quer cargo majoritário.

Com relação aos de mais candidatos pertencentes ao ‘campo bolsonarista’ que estão na disputa pelo maior cargo do executivo estadual, o senhor pretende disputar as eleições com o apoio do presidente Jair Bolsonaro?

Certamente. O presidente Bolsonaro tem feito muitas obras pelo Maranhão e eu seria ingrato de não reconhecer. Sei que ele não está bem nas pesquisas, mas eu faço política de peito aberto e de cara limpa. Isso não significa que eu apoie ou abone todas as atitudes do presidente, mas serei sempre um parceiro leal.

Como o senhor pretende vi a bi lizar seu projeto político de ser o próximo governa dor do Maranhão, sendo que as pesquisas apontam neste primeiro momento uma polarização entre os pré-candidatos Weverton Rocha e Carlos Brandão?

Onde você está vendo essa polarização? Ela só existe no campo do governo e é justamente o que está dando gás para a oposição. Não há hipótese de dois candidatos governistas irem para o segundo turno. Isso só no reino da carochinha. No campo da realidade dos fatos isso não aconteceu jamais aqui no Maranhão e nem irá acontecer. Por mais que o senador Weverton faça malabarismos verbais para se apresentar como candidato da mudança, apoia Flávio Di no para o Senado. Ora, me compre um bode!

O senhor acredita que possa haver uma unificação em torno de seu projeto político com os outros pré-candidatos como: o deputa do Josimar de Maranhãozinho e o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim que também estão pleiteando o apoio do presidente Jair Bolsonaro com o mesmo propósito?

Não falo de unificação em torno do meu projeto, mas de um projeto comum da oposição. Creio que todos nós temos clareza de que o Maranhão exige responsabilidade cívica, para além de interesses pessoais. E não há indisposição entre nós. Ao contrário, nos damos bem e não precisamos fazer teatro, ao contrário dos dois do lado de lá.

Recentemente o senhor participou de um jantar em Brasília junto com os deputados Hildo Rocha, João Marcelo Sousa (ambos do MDB), Marreca Filho (Patriota), Edilázio Júnior (PSD) e Josivaldo JP (PTB), o deputado federal Josi mar Maranhãozinho (PL) que também é pré-candidato ao governo. O encontro é uma sinalização de uma frente às de mais pré-candidaturas ao governo do Maranhão?

Não. É apenas uma sinalização do que eu acabei de dizer. Que nos entendemos muito bem e vamos continuar conversando entre nós.

Para fortalecer a sua pré-campanha ao Governo no Maranhão existe a possibilidade do senhor se filiar ao PL que é o mesmo parti do que o presidente Jair Bolsonaro se filiou?

Eu estou bem no PSDB. Mas vamos ver o rumo dos acontecimentos para tomar uma decisão quanto à minha posição partidária.

Caso o senhor seja eleito governador, qual será a sua prioridade?

Minha maior prioridade será a de tornar o povo do Maranhão sócio da riqueza produzida no Estado. Não me conformo, por exemplo, de ver que o Piauí, que tem muito me nos vantagens estratégicas que o Maranhão, inaugurar uma Zona de Processamento de Exportações antes de nós. Mérito de um governador de esquerda, do PT, que não é, como o nosso, bloqueado por interdições ideológicas. Veja bem, o governador Flavio Dino nunca deu uma declaração sobre a ZEMA, nem pra dizer que não aprova. Na da, um silêncio sepulcral. Enquanto o nosso vizinho do Piauí, aproveitando o novo marco legal das ZPEs, que eu formulei, já inaugurou a sua. Outra prioridade será inaugurar um governo que será organizado por metas. Um governo que terá clareza do que pretende fazer desde o primeiro dia. E não ficará refém desse populismo que tem feito o Maranhão retroceder a cada governo. Enfim, se eu realmente sair para ser candidato ao Governo, não será pra fazer o mesmo do mesmo. Será para transformar o Maranhão! Fazer 40 anos em 4!

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