Bancando quase 100% dos custos do sistema, prefeitura de São Luís financia um serviço caro e ineficiente (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS, 29 de janeiro de 2024 – Em meio ao indicativo de uma nova greve dos rodoviários, o gasto da Prefeitura de São Luís com subsídios pagos às empresas de ônibus que operam na capital maranhense atingiu R$ 42,4 milhões em 2023 e alcançou o maior patamar da história da cidade, conforme dados obtidos pelo blog do Isaías Rocha junto ao Portal da Transparência da administração municipal.

Segundo as informações sobre a execução orçamentária e financeira, entre janeiro e dezembro do ano passado, o total aplicado pelo tesouro municipal no sistema municipal de transporte público ludovicense superou os R$ 16 milhões gastos em 2022. Clique aqui e saiba mais.

Os altos desembolsos municipais visam garantir o congelamento da tarifa, a cobertura pela elevação do preço dos custos de operação e as gratuidades oferecidas pela prefeitura.

O problema, entretanto, é que custo com subsidio também pode representar uma espécie de declínio na quantidade de passageiros. A situação demonstra que as empresas e consórcios que operam a frota de ônibus da cidade já não conseguem mais sobreviver sem essa ajuda do poder público.

Mesmo com a complementação financeira feita com verba pública, as viações não recebem cobranças por melhorias no setor, que segue com uma frota sucateada e sem ar-condicionado, como foi pactuado no último acordo firmado.

O valor com subsídio de ônibus atingiu o maior patamar da história na capital maranhense e abre uma discussão sobre política de tarifa zero nos ônibus aos domingos, como chegou a ocorrer na época em que a cidade era administrada pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), mas por um repasse bem menor que o constatado na gestão do atual prefeito Eduardo Braide (PSD).

 

Subsídios para empresas de ônibus

2023 – R$ 42.440.211,96

2022 – R$ 16.664.426,85

2021 – R$ 7.500.000,00

Total pago nos últimos três anos: R$ 66.604.638,81

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