Após perder partidos que lhe ajudaram a vencer as eleições, Braide terá de se entender com aliados visando buscar força para 2024

Formada por cinco partidos, a coligação “Pra Frente São Luís” – composta pelo PODEMOS/PSDB/PSC/PSD/PMN – rendeu ao prefeito Eduardo Braide, na última eleição, uma base de governo composta por pelo menos 16 dos 31 vereadores, somando com PDT, União Brasil e DC, que apoiaram a eleição do chefe do Executivo no 2º turno na capital maranhense.

Após o pleito, o prefeito conseguiu montar uma grande base de apoio, mas a taxa de fidelidade começou a ficar menor ao longo do mandato impondo algumas dificuldades ao governo. Embora a oposição tenha se fortalecido, o único desafio de Braide é se entender com aliados, voltando a recuperar a confiança política.

Talvez, por isso, o alinhamento de partidos da base seja um dos maiores desafios do prefeito para a eleição de 2024. Ele já não poderá contar mais com o Podemos, seu antigo partido, que hoje é comandado no Maranhão pelo deputado federal Fábio Macedo.

Braide também não poderá contar com o PSDB, que deve lançar candidatura própria e vai voltar a se fortalecer com a filiação de alguns vereadores. O PSC, que fundiu com o Podemos, também será mais uma baixa.

Com isso, apenas PMN e PSD – sua atual sigla, devem compor seu palanque ao lado do MDB e do Republicanos, que hoje é comandado pelo deputado federal Aluísio Mendes.

O União Brasil e PDT que apoiaram Braide no 2º turno, também demonstram que vão tomar novo rumo em 2024. Enquanto o União Brasil, aposta na pré-candidatura do deputado Neto Evangelista, o PDT que até pouco tempo integrava o governo municipal com o comando da Secretaria de Orçamento Participativo (SEMGOP), está mais inclinado na pré-candidatura do presidente da Câmara, Paulo Victor.

Faltando pouco mais de um ano e alguns meses para a eleição, as opções de partido com assento no Legislativo ludovicense vão se reduzindo. Uma aliança com PT que integra a federação ao lado do PCdoB e PV – partido que deve filiar Edivaldo Júnior, seria impossível.

A esperança poderia ser o PL, maior partido do Brasil, que não descarta a possibilidade de apoiar Braide, mas apenas em cenário em que a sigla indique o companheiro de chapa.

“Não seria justo usar o maior fundo eleitoral e emprestar o maior tempo de propaganda para contribuir com a reeleição, sem a possibilidade de concessão”, avaliou uma liderança da sigla. Na Câmara, o PL está divido: enquanto o vereador Aldir Júnior adota uma postura mais oposicionista, Daniel Oliveira atua como líder do governo na Casa.

O PSB, de Brandão e Flávio Dino, que poderá lançar a candidatura de Duarte Júnior, tem uma postura ‘bipolar’ – transtorno psiquiátrico caracterizado por variações acentuadas do humor. Isso explica o fato de que fora da Câmara, o partido cujo símbolo é uma pomba, vem fazendo oposição implacável a Braide, mas nas quatro linhas do Plenário Simão Estácio da Silveira, compõe a base de sustentação do governo com o único vereador Marlon Botão, atuando como vice-líder do prefeito.

Apesar disso, as opções de apoio para Braide garantir uma eventual reeleição estão escassas apenas em quatro partidos: PSD, PMN, Republicanos e MDB. Exatamente por esse motivo acredito que manter a unidade dessa base será o maior desafio do prefeito para 2024. Caso contrário, pode acontecer o mesmo que ocorreu com PODEMOS, PSDB, PDT e UNIÃO BRASIL.

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