O depoimento de Andros Renquel Melo Graciano de Almeida, ex-relator da Central Permanente de Licitação do Município de São Luís (CPL), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte na Câmara Municipal de São Luís, na tarde desta terça-feira (21/12), não esclareceu pontos que geraram dúvidas durante o processo de licitação do transporte público na capital maranhense em 2016, na gestão do ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD).

Na época do certame, Andros estava sendo investigado por fraude em licitação – num processo que tramita até hoje – o que colocou em xeque a lisura do processo que selecionou os consórcios que ficaram responsáveis pelas linhas de transporte pelos próximos 20 anos no município ludovicense.

Um dos trechos que mais chamaram a atenção na oitiva foi no momento em que o vereador Octavio Soeiro (Podemos), que é secretário da CPI, fez algumas perguntas ao convidado.

Dos mais de oito questionamentos, o ex-relator da CPL respondeu, sem titubear, apenas um: a que tratou sobre a apresentação ou não do Projeto Básico durante a sessão de licitação do sistema de transporte.

Andros não soube explicar, por exemplo, se à época da licitação, o Poder Concedente realizou audiências nos bairros dos lotes licitados para um contrato de vinte anos?

Também não esclareceu se o Ministério Público foi convidado e participou da licitação? Titubeou e não explicou quem opera o sistema de bilhetagem? Ou se o serviço foi ou não licitado na época do certame do transporte?

O convidado também não soube explicar se a CPL ou os órgãos envolvidos no certame explicaram quais as linhas que seriam eliminadas e as criadas?

Além disso, não esclareceu se tinha algum conhecimento de quantas multas foram aplicadas pelo Poder Concedente aos consórcios nos últimos quatro anos?

Das perguntas feitas durante o depoimento, a que deixou o ex-relator da CPL mais atordoado foi quando questionado sobre a produção ou elaboração do Plano de Mobilidade sem a atualização do Plano Diretor?

Por fim, ele encerrou o depoimento sem responder quais dos consórcios ou empresas que venceram a licitação das linhas, quantas já atuavam no sistema? E quais que não atuavam e foram inseridas no sistema, após o certame?

Confira o depoimento na íntegra:

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