Braide busca a reeleição com um time incompleto em seu último ano de mandato / Foto: Reprodução

SÃO LUÍS, 27 de abril de 2024 – O prefeito Eduardo Braide (PSD), chega ao fim do seu último ano de mandato, com uma equipe incompleta no escalão do governo. O mandatário ludovicense não definiu, até a publicação desta matéria, titulares de quatro secretarias municipais que ficaram sem comando após exonerações. Mostramos a situação no ano passado, mas, nada mudou até aqui.

O caso mais curioso é da Secretaria Municipal de Governança Solidária e Orçamento Participativo (SEMGOP), que está sem comando há mais de um ano, desde a saída do vereador Pavão Filho (PSB), que pediu exoneração da pasta para ocupar a vaga deixada na Câmara Municipal por Osmar Filho (PDT), que atualmente é deputado estadual.

“Quem não se comunica, se trumbica”

Numa vida em sociedade, o ato de comunicar é uma ação essencial à vida. No entanto, contrariando essa máxima, a Prefeitura de São Luís segue sem um titular na Secretaria Municipal de Comunicação (SECOM), responsável por assessorar o chefe do Executivo na formulação e implementação de políticas públicas pertinentes à sua área de competência. São quase cinco meses sem um titular no comando da pasta.

Em meio à crise vivida pelo setor cultural, caos na educação e escândalos na saúde, Braide coloca em pratica a célebre frase repetida à exaustão pelo considerado maior comunicador da televisão brasileira, o Chacrinha, apresentador de programas de auditório de grande sucesso das décadas de 1950 a 1980: “quem não se comunica, se trumbica”.

A vacância também afeta a Secretaria Municipal de Articulação e Desenvolvimento Metropolitano (SADEM), após a exoneração de André Campos (PP) e a Secretaria Municipal Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEMEPED), criada para cumprir apenas uma promessa de campanha do prefeito.

Time incompleto

Uma equipe incompleta ou deficitária pode limitar significativamente o controle sobre a gestão. É verdade. “Quem tem vontade, já tem a metade”. Todavia, não custa lembrar: é só a metade, pois falta a outra parte.

Em 2020, Braide passou a campanha toda dizendo que estava preparado. Foi eleito e chega no ano em que vai buscar sua reeleição, com um “time incompleto e cansado” pela forma individualista de governar a cidade.

Vencer sem preparo

Vale a pena, a esse respeito, reproduzir a frase do técnico de vôlei brasileiro, Bernardinho: “A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer”.

Para completar a outra metade, portanto, a preparação é indispensável. Caso contrário, o risco do voluntarismo é imenso. A própria sabedoria popular já consagrou, numa expressão, o voluntarismo apressado, desacompanhado de preparação, infelizmente bastante comum: “Rápido e mal feito”.

Virando caricatura

Pessoas cheias de iniciativa, fazendo besteiras, desperdiçam a dádiva da vontade de fazer com a irreflexão e/ou falta de preparação. Terminam virando caricatura e, não raro, tornam-se pessoas indesejadas pelo prejuízo que causam, conforme atesta outro ditado popular: “Apressado come cru”.

Gestão improvisada

Desde 2022, secretários improvisados acumulam cargos no 1º escalão da gestão municipal. Na época, além de enfrentar duras e constantes críticas da população, principalmente em relação a problemas como transporte público, falta de infraestrutura, limpeza urbana, dentre outros, Braide se deparava com a dificuldade de manter a uniformidade da “linha de frente” da administração municipal. De lá pra cá, nada mudou.

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